Vinhos brasileiros poderão ter melhores preços

Representantes do setor vitivinícola brasileiro estiveram reunidos com autoridades públicas, inclusive o Presidente Michel Temer, com o objetivo de reivindicar maior apoio à cadeia produtiva e consequentemente ampliar sua competitividade. O mercado nacional aguarda com otimismo uma resposta que pode refletir imediatamente no bolso dos consumidores e amantes do vinho.

Esses encontros e reuniões com membros do setor vitivinícola e autoridades governamentais há muitos anos ocorrem sem resultados positivos. Mas desta vez o entusiasmo é muito maior.

O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, recebeu os representantes do setor vitivinícola no dia 14 de agosto próximo passado, terça-feira. O encontro, que teve como pauta principal a apresentação da perda de competitividade deste setor brasileiro, não terminou como nos demais eventos. A positividade, o interesse, a atenção e o apoio das autoridades federais causou uma satisfação muito grande por parte dos produtores e o sentimento de entusiasmo foi manifestado por todos, além de muita confiança e esperança.

Também em Brasília, no dia seguinte, quarta-feira, 15, a reunião foi com o Presidente da República, Michel Temer, e com o Ministro Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, entre outras autoridades federais. Na agenda principal, além da desgastante competitividade, foi exposta a preocupação do setor com as atuais ofertas de crédito e as exorbitantes condições tributárias atualmente estabelecidas. Outro assunto em pauta foi a reformulação da cobrança do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que foi alterado no ano de 2016, para revisão posterior, o que não ocorreu até a presente data.

Outra solicitação de extrema relevância foi a retirada do vinho da angustiante incidência do sistema de Substituição Tributária. Seria uma ação conjunta com o CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária) vinculado ao Ministério da Fazenda.

Neste mesmo evento, muita ênfase foi dada à solicitação de uma política pública pertinente ao setor, especialmente a respeito de apoio institucional e promocional oriundo da Gestão Pública, semelhante ao que ocorre nos principais países produtores, inclusive do Cone Sul.

É importante salientar que mais da metade do preço de uma garrafa de vinho brasileiro, pago pelo consumidor final, é puramente imposto. Realmente, é um absurdo em comparação com a maioria dos países produtores.

Na Europa, por exemplo, onde existem milhares e milhares de vinícolas muito bem estruturadas e estabilizadas, essas empresas recebem quase 1,5 bilhão de euros de subsídios anualmente.

O que vemos por aqui é bastante diferente. Mesmo operando com baixíssima rentabilidade, crescimento vertiginoso de produtos importados, o Brasil emprega em sua cadeia produtiva vitivinícola, mais de 100 mil pessoas, 20 mil famílias produtoras e já possui mais de 80 mil hectares de área produtiva.

O vinho brasileiro é reconhecido internacionalmente pela elevada qualidade. Os produtores são extremamente dedicados às inovações tecnológicas, aos cuidados com o cultivo, ao apoio aos profissionais envolvidos, à geração de renda, à expansão da cultura e buscam constantemente um produto final de intensa qualidade, que agrade, encante e seduza a todos.

A relevância desse setor não para por aí. O empenho e afinco dos produtores na estruturação e ampliação do enoturismo nas regiões vitivinícolas é um diferencial que está sendo observado por todo o País. Cresce exponencialmente o número de visitantes na região sul do Brasil e mais recentemente no Vale do São Francisco, bem como na Serra dos Pireneus, em Goiás. É um potencial em plena ascensão que deve despertar um olhar mais atento do Poder Público, tendo em vista a grande geração e distribuição de receitas nessas regiões.

Fica claro a necessidade de implantação iminente de políticas públicas para o amparo e apoio à vitivinicultura brasileira e de instrumentos para alavancar esse setor pujante, consagrado e tão prestigiado em todo o mundo.

Portanto, aguardaremos por respostas sólidas e eficazes. A expectativa é a melhor possível. O otimismo é evidente e fundamentado numa realidade que não era observada há anos.

Embora nada de concreto ainda possamos comemorar, a esperança por dias melhores para o setor é imensurável.

Trata-se de uma iniciativa notável e seus resultados, como sabemos, podem proporcionar comemorações para todos nós.

Um brinde a todos que se empenham por dias melhores!!

Um brinde à esperança, às nobres iniciativas…

E também a todos nós beneficiados!!

SAÚDE!!


Comentários

2 respostas para “Vinhos brasileiros poderão ter melhores preços”

  1. Excelente reportagem.
    Abraços.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *