RESERVA ou RESERVADO? Como escolher um vinho?

No mundo do vinho essas palavras são muito usadas, até mesmo bem parecidas, mas na garrafa…

Esses termos são propositadamente usados para confundir. É isso mesmo. O consumidor menos atento, acaba adquirindo um produto baseado nas informações do rótulo e não sabe que está caindo numa armadilha.

Cada país possui uma legislação diferente sobre o assunto e isso dificulta muito o entendimento do consumidor que na maioria das vezes acaba por se confundir.

Para ficar mais claro, vamos primeiramente, entender o que é um vinho RESERVA.

Na Espanha, por exemplo, o termo reserva é empregado e estampado nos rótulos por força da legislação, referindo-se aos vinhos que foram amadurecidos por no mínimo trinta e seis meses, sendo doze deles em barricas e vinte e quatro na garrafa, antes de serem enviados à comercialização.

Já no país italiano, o termo impresso é “RISERVA”, que também é regido pela legislação local, com as mesmas obrigações de rótulo e igual período de permanência para amadurecimento, antes da comercialização.

Em Portugal, as comissões de viticultura regulam e fiscalizam os conteúdos dos rótulos. As regras de rotulagem derivam da legislação da União Europeia. Na França as regras variam de acordo com as regiões produtoras.

Nos países do novo mundo, em especial Chile e Argentina, que são ótimos produtores de vinho, o termo RESERVA impresso nos rótulos das garrafas, não são regulados por legislação alguma e as normas são muito mais flexíveis, diferentes das do velho mundo. Porém, o termo RESERVA refere-se a vinhos elaborados sob a atenção minuciosa do enólogo responsável. Portanto, vinhos produzidos com maior zelo.

Mas, infelizmente, digo assim porque somos obrigados a reconhecer que nesses países, como Chile e Argentina e até mesmo no Brasil, o termo RESERVADO é destinado a emblemar os rótulos dos vinhos simples, sem expressão, sem complexidade, chamados vinhos de entrada, sem passagem por barricas, produzidos em grande escala, os conhecidos vinhos de combate.

Portanto, pode ocorrer que ao saborear um vinho do novo mundo de rótulo reservado, a satisfação seja muito maior do que poderia sentir com um exemplar italiano ou francês de alta qualidade. Gosto é gosto. É uma peculiaridade de cada um. Mas, quando o assunto é elaboração, qualidade ou a procura por um produto mais fino, evite comprar um vinho cujo rótulo esteja mencionado o termo RESERVADO.

Fique atento e siga esta ordem de classificação. Não é extremamente precisa, mas evita uma possível cilada. É importante salientar que não existe legislação para esse fim em nossa região. Agora, estamos nos referindo aos vinhos melhor elaborados, os vinhos classificados como finos, que expressam um valor mais elevado em qualidade. Assim, vamos esquecer os reservados e começar pelos termos ordenados: VARIETAL, RESERVA, RESERVA ESPECIAL, GRAN RESERVA, EDIÇÃO LIMITADA, RESERVA DE FAMÍLIA, etc. Aqui estão as principais. Por serem poucas, tente memorizar. Isso ajuda bastante.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *