O friozinho está chegando serenamente por aqui. Época perfeita para abastecer a adega e aquecer o coração. Todos nós sabemos que o vinho é uma bebida para ser apreciada durante todas as estações do ano. Porém, cada estação exige um prato adequado e um vinho perfeito para acompanhar. Curta essa exultação, esse bem estar e se pintar alguma dúvida, vamos deixar algumas recomendações que ajudarão muito a acalorar o corpo, abrasar a alma, fazer brilhar os olhos e encantar um pouco mais nossas vidas.
Nas regiões serranas e cidades de altitudes mais elevadas no Hemisfério Sul a temperatura já está anunciando a aproximação do inverno. É nessa estação charmosa e elegante que saboreamos os pratos que são servidos mais quentes, mais condimentados, consistentes e substanciosos. Sabemos também que não existe nada melhor para acompanhar um prato maravilhoso do que um vinho maravilhoso. E é verdade que não existe nada melhor para acompanhar um vinho maravilhoso do que uma comida maravilhosa. A autenticidade dessa filosofia está na exaltação dos sabores que ambos proporcionam e despertam. Indiscutivelmente, estimulam o bem estar, a alegria e o entusiasmo no íntimo de nossos corações.
Não existe uma indicação determinada de um tipo de vinho para o inverno. Independentemente de vinhos tintos, brancos, entre outros, todos são ótimas pedidas dependendo do prato escolhido. Como geralmente os pratos de inverno são mais consistentes, os vinhos tintos ganham a preferência. Porém, pratos quentes e leves como as sopas, massas ao molho branco e outros, a indicação é um ótimo vinho branco para o acompanhamento.
Portanto, os queijos que possuem texturas mais firmes e pratos mais pesados e gordurosos, carnes vermelhas cozidas ou assadas, por exemplo, exigem um vinho tinto mais encorpado. A recomendação é um tipo de vinho tinto de acordo com o prato solicitado. O vinho tinto pode ser leve, pode ser encorpado ou mesmo um meio termo, ou seja, os vinhos denominados corpo médio ou meio corpo.
Mas, é exatamente aí que surgem as dúvidas. A grande maioria das pessoas não consegue identificar a estrutura do vinho no momento da compra.
Mas… Não se preocupe. Tudo é muito cativante e agradável. Para facilitar ainda mais o entendimento, recorremos a uma escala que contém o nome das principais uvas, em ordem crescente de estrutura, denominada “escala de intensidade de vinhos” muito simples de entender e pode ajudar muito. Essa é a que recomendamos por ser de fácil interpretação. Porém, existem muitas outras de diversos modelos que estão disponíveis na web.
Nesta escala, as uvas estão dispostas em ordem crescente, ou seja, das mais leves às mais encorpadas, conforme disposto na parte interna da escala. Do lado externo estão ordenados os nomes das principais uvas. A coloração da tabela varia de acordo com a textura das uvas e os vinhos que delas são elaborados. Basta um olhar rápido e a compreensão é clara. Assim, tudo se torna muito mais festivo e prazeroso.
Uma observação importante é a temperatura do vinho a ser servido, que chamamos de temperatura de serviço. Muitos livros orientam servir o vinho na temperatura ambiente. Esses livros baseiam-se em informações originárias da Europa onde a temperatura média ambiente é de aproximadamente 15° C. Porém, em países tropicais devemos estar atentos e apreciarmos os vinhos tintos mais leves a partir de 14°C e os mais encorpados no máximo 19°C. Independe da estação do ano, isto é, mesmo no inverno. Nunca um vinho tinto deverá ser apreciado em temperaturas acima de 20°C.
A temperatura do vinho é um fator essencial, pois só apreciaremos seus sabores autênticos se eles são servidos na temperatura ideal.
Alguns produtores se preocupam com esses detalhes e os discriminam nos rótulos. Observar as informações dos rótulos e contra rótulos é uma ótima recomendação.
Outra sugestão relevante é a forma de apreciar, de degustar os vinhos. Devemos sempre colocar uma quantidade satisfatória de vinho na boca. Não pouca, mas o suficiente para apreciarmos suas características e nunca engoli-lo rapidamente. Desta forma, aprenderemos rapidamente sobre seus sabores, seu equilíbrio, a persistência do vinho que é aquele gostinho que permanece na boca. Tudo isso tem a ver com sua qualidade e definições. Devemos agir de forma tranquila e elegante. Assim, tudo se torna memorável.
Muitos vinhos são amadurecidos em barricas de carvalho para amaciarem seus taninos e desta forma assegurar um paladar mais nobre, delicado e agradável.
Este processo permite ao vinho uma lenta respiração que ocorre por meio da porosidade das fibras da madeira que além do sabor, o aroma de tostado confere aos vinhos uma propriedade equilibrada e requintada.
Coloque o nariz dentro do copo de forma fina e gentil. Não tenha vergonha disso. É assim mesmo que percebemos os aromas mais sutis e encantadores dos vinhos.
O vinho é uma bebida fina, preciosa, elegante e requintada. Além disso, torna as refeições muito mais radiantes quando acompanha, de forma perfeita, um prato saboroso. Isso é inquestionável.
Francis Ford Coppola, diretor de cinema americano, produtor, roteirista e considerado um dos maiores cineastas de todos os tempos e também produtor de vinhos na Califórnia, USA, proprietário da vinícola Inglenook, deixou bem claro quando disse: “Para um futuro melhor no mundo do vinho é preciso mais educação, as pessoas têm que aprender mais sobre vinho, porque é muito parecido com a música, quanto mais você conhece, mais você gosta”. E acrescenta: “Isso vale para a gastronomia, a comida também”.
Disse ainda: “Quanto mais sabemos sobre a natureza do vinho, as diferenças entre as uvas, climas, territórios, as histórias por trás do vinho que são maravilhosas e fascinantes e abrangem os tempos, mais podemos apreciá-lo”.
Com os familiares ou com os amigos, que possamos sempre apreciar elegantemente nossos vinhos.
Muito em breve estaremos todos juntos, saboreando nossos vinhos e celebrando nossa saúde e nossas amizades.
Isso não tem preço!!
Um brinde a nossa familiaridade, nossas afeições, nosso coleguismo e nossas estimas!!
Muita força e ânimo para todos!!
SAÚDE!!
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