Muito otimismo na safra brasileira 2018

Em evento realizado no município de Nova Pádua – RS, no dia 27 de janeiro, teve início oficial a safra brasileira de uvas de 2018. O evento que marcou o pontapé inicial da colheita deste ano ocorreu na Vinícola Boscato Vinhos Finos, com a participação de muitas autoridades gaúchas. No ano passado, mais de 750 mil toneladas de uvas foram colhidas somente no Estado do Rio Grande do Sul. O volume foi quase 6% maior do que o recorde registrado na safra do ano de 2011. Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). A safra 2018 já aponta excelente volume e qualidade muito elevada. Sabe o que isso significa?

Uma colheita nesta proporção e com características prodigiosas como está prevista, indica uma produção de vinhos finos nacionais de extraordinária linhagem. Aliás, a qualidade dos vinhos brasileiros tem conquistado, ano após ano, posição de destaque, não só no mercado consumidor interno, mas também, no mercado externo, numa visão abrangente do cenário internacional.

Vale destacar que o volume desta safra é destinado não somente à produção de vinhos, mas também, de sucos e derivados e para o consumo de uvas in natura.

A colheita, também chamada de vindima, é um verdadeiro espetáculo para todos os envolvidos na produção das uvas naquela região. Afinal, ali está o resultado de muito trabalho, esforço incalculável, uma enorme dedicação e empenho de muitas famílias daquelas terras. São pessoas que empregaram grande sacrifício para participarem deste momento máximo e de resultados tão esperados.

Infelizmente, o que ainda desfavorece a produção do vinho nacional e sua comercialização é a elevada carga tributária prescrita sobre toda cadeia. Isso reflete em um produto final com preços, muitas vezes, mais elevados do que determinados vinhos importados. Nossa competitividade é aniquilada perante o atual sistema. Há necessidade de uma iminente revisão em nosso modelo tributário, o qual deteriora a motivação de quem busca a elaboração de um produto fino de sublime qualidade.

Fica nosso apelo, nossa opinião, na certeza de que muito em breve seremos ouvidos e nossos objetivos alcançados. Assim, rótulos com qualidade distinta poderão ser adquiridos por uma gama cada vez maior de contemporâneos e clássicos apreciadores.

E por falar em inovações e modernidades, vem aí os Vinhos Coloniais.

Na abertura oficial da safra da uva 2018, o governo gaúcho já liberou alguns registros de empreendedores para a produção e comercialização dos Vinhos Coloniais e sucos de uvas. A intitulada Lei do Vinho Colonial – Lei 12.959/2014 – concede a esses pequenos autores o direito de comercializar seus produtos em suas propriedades, em feiras, ou em cooperativas, utilizando apenas o talão de notas de produtor, desde que sejam produtores familiares e elaboram no máximo 20 mil litros por ano, com uvas do próprio vinhedo.

Vamos apostar nos Vinhos Coloniais com otimismo. As boas surpresas podem atingir patamares elevados de qualidade e de comercialização.

Um ótimo exemplo vem de Bolgheri, na Itália, e justifica nossa confiança. A revista especializada Wine Enthusiast Magazine atribuiu nota máxima ao vinho Guado de Gemoli 2009, um corte de 80% Cabernet Sauvignon e 20% Merlot, produzido na singela e minúscula Vinícola Giovanni Chiappini.

Portanto, os motivos para comemorar são significativos.

Boas safras, bons vinhos, boas novidades…

Claro!! Tudo isso merece um brinde!

Um brinde a nossa…

SAÚDE!!!


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