Rolha de cortiça ou tampa de rosca? Qual a sua preferência?

Muitas pessoas quando compram um vinho, levam em consideração o tipo de rolha da garrafa. Embora você possa ter sua opinião já formada sobre isso, o assunto ainda é um dilema. No momento da compra, essa condição está fazendo a diferença. Os produtores buscam um consenso, mas as preferências e opiniões se divergem. Muitas pesquisas e inúmeros estudos são realizados ultimamente sobre esse tema e mesmo assim, ainda há controvérsias. Mas, afinal, qual é a melhor? Vamos ver isso agora.

Diante de tantas dúvidas, qual a espécie de rolha escolher quando comprar o próximo vinho? Fique tranquilo e relaxe. Primeiramente, porque você não está sozinho nessa situação. O cenário gera insegurança mesmo e seguindo algumas orientações, tudo ficará mais claro. Segundo, porque se refere a um novo sistema, uma técnica relativamente recente e sua eficácia ainda é estudada em todo o planeta.

Portanto, incertezas, indecisões ou até mesmo desconfianças estão inseridas no contexto da naturalidade. Nada além da normalidade. Uns preferem as rolhas de cortiça, outros as tampas de rosca ou “screw cap”. Porém, vamos analisar as pesquisas, as opiniões e os conceitos dos “winelovers” de várias regiões de diversos países onde o vinho é tradição para nos facilitar o entendimento.

A cortiça é extraída da árvore chamada Sobreiro

Em Portugal, onde a tradição vitivinícola está enraizada há séculos, as opiniões são bastante claras. A grande maioria prefere as rolhas de cortiça. Os consumidores portugueses vinculam essa rolha à qualidade elevada e evidenciam este sistema no processo de envelhecimento do vinho, um mito considerável, tendo em vista a produção dos vinhos do Porto. Além disso, a ligação da cortiça com o meio ambiente é extremamente exaltada. É totalmente natural e inteiramente reciclável. Existe uma instituição denominada APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça, que trabalha incansavelmente em favor do uso da cortiça natural nas rolhas de vinho em todo o mundo. O resultado é expressivo inclusive no Brasil.

Na Espanha e na Alemanha os pesquisados não demonstraram opiniões divergentes dos portugueses. A grande maioria defende o sistema tradicional de rolhas de cortiça. Porém, um percentual baixo dos entrevistados acredita que as tampas de rosca podem representar uma tendência para o futuro.

A cortiça é a casca do Sobreiro

Outro país que possui forte tradição na produção de grandes vinhos é a França. Quanto à qualidade de seus vinhos, todos os comentários são dispensados. Esses vinhos são cobiçados pelo mundo todo, como já sabemos.

Portanto, de acordo com as pesquisas, os franceses aclamam as rolhas de cortiça e quase 90% dos consumidores preferem esse tipo de rolha. A grande maioria alegou que a rolha de cortiça certifica reputação e atributos ao vinho, tendo em vista que a tampa de rosca somente é usada, nas principais regiões produtoras francesas, para vinhos de baixa qualidade. Essa filosofia popular, que ainda se espalha por todo país, afeta a opinião dos demais consumidores, principalmente os indecisos ou os que não se interessam por esse tópico. É importante ressaltar que os franceses não se importam quando a rolha é sintética. A adoção desse tipo de rolha é aprovada quase pela totalidade dos franceses. Portanto, a preferência é pela rolha, não importando se ela é sintética ou natural.

Embora poucos e na contra mão das pesquisas, existem alguns bons produtores franceses que já utilizam em seus vinhos as tampas de rosca. Eles creditam numa tendência próxima que é utilizada em vários países.

É com a casca do Sobreiro que se produz as rolhas de cortiça

Nos Estados Unidos, a preferência pelas rolhas de cortiça é considerável, ou seja, quase total. Eles apresentaram aversão às tampas de rosca e atribuíram a esse sistema uma péssima iniciativa para o meio ambiente. O sistema “screw cap” é, inclusive, evitado na China. Para os chineses, a prática de presentear com vinhos tintos não permite que os vinhos possuam tampas de rosca. Eles também relacionam esse tipo de vedação a vinhos de baixa qualidade e baratos.

Outra potência na produção de vinhos excepcionais, maravilhosos e que estão entre os melhores do mundo é a Itália. Em cada sessenta italianos, um trabalha diretamente na vinicultura. Isso é apenas para evidenciar a noção da enorme influência do vinho na cultura italiana. O primor na elaboração de seus vinhos é reconhecido e exaltado em todo o mundo. Quanto à nobreza, sofisticação e primazia de seus vinhos, não há contestação perante a amplitude de seus prestígios, notoriedades e fascínios.

Com uma cultura vinícola transcendente e sublime, quase a totalidade dos entrevistados apontaram a rolha de cortiça como o melhor sistema para assegurar a elevada qualidade dos vinhos. Eles também enaltecem o ritual de sacar a rolha na ocasião da abertura da garrafa. Consideram que a elegância e o glamour desse procedimento devem ser sempre celebrados com entusiasmo, pois aumenta consideravelmente o prazer da degustação dos vinhos.

Portanto, é claramente notório que a rolha de cortiça é vinculada às tradições italianas. Entre os questionados, muitos citaram a proteção ao meio ambiente, embora uma pequenina parcela aceita a rolha sintética. Mas, os consumidores italianos apaixonados por vinhos alegam que a rolha deve ser de cortiça natural porque isso transmite uma imagem de qualidade ao vinho. Eles defendem sua cultura, seus rituais de elegância e a totalidade dos entrevistados prioriza suas tradições.

Porém, em alguns países onde também foram efetuadas as mesmas pesquisas, os resultados apresentaram equilíbrio ou diferenças. Na Inglaterra, os consumidores não se importam com o tipo de vedação das garrafas de vinho. Isso é irrelevante para eles. O que importa mesmo é a qualidade da bebida. Mais de 60% dos consumidores ingleses não se importam com a rolha sintética.

A maioria dos vinhos produzidos em países como a Austrália, África do Sul e na Nova Zelândia apresentam as “screw caps” ou tampas de rosca em substituição às rolhas. A aceitação no mercado interno é ampla e apostam nessa tendência para conquistarem cada vez mais o mercado externo. A alegação principal é a facilidade ao abrir e também dispensa o saca rolhas ou qualquer outro dispositivo.

No Brasil, a rolha de cortiça também traduz qualidade elevada para a maioria dos entrevistados. Essa é a preferência de quase todos os consumidores que também expressaram grande apelo ambiental. A maior parte dos brasileiros, quase a totalidade, aceita bem a rolha sintética e não enfrenta nenhuma objeção a isso. A opinião dos entrevistados não é diferente quanto às tampas de rosca. Concordam que é um sistema com caráter poluidor e também vinculam esse tipo de vedação à baixa qualidade, a vinhos baratos, mas aceitam o argumento quanto à facilidade ao abrir, dispensando o saca rolhas.

Dessa forma, concluímos que os consumidores do mundo todo preferem as rolhas de cortiça nas garrafas de vinho. Elas agregam valor e asseguram a elevada qualidade do vinho. Além disso, não se importam com as rolhas sintéticas, embora as rolhas naturais possuam todo favoritismo.

Vale ressaltar que o ritual, a elegância, o glamour ao abrir uma garrafa com rolha e a manutenção das tradições trazem muito mais prazer aos consumidores do mundo todo.

A maioria acredita que as tampas de rosca ou “screw cap” são típicas dos vinhos de baixa qualidade, ou seja, dos vinhos mais baratos, mesmo sendo mais fáceis de abrir.

Percebemos assim, que todos nós temos opiniões diferentes e também, nossas preferências. Seja rolha de cortiça ou tampa de rosca, ambas possuem vantagens e desvantagens. Qual agrada mais? Qual é a melhor?

Para formar sua opinião, prove muitos vinhos com rolhas e tampas de rosca. Aprecie com calma. Observe todas as suas características e fique atento àquelas que mais admira e valoriza.

Então… por onde começar? Qual será o próximo vinho que vai abrir?

Ahh!! Apenas um detalhe…  independente do tipo de rolha…

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Um brinde aos amigos…

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SAÚDE!!!


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