Atualmente, os cuidados com a alimentação em busca de uma vida mais saudável têm aumentado muito. Inclusive a filosofia “Descasque mais e desembrulhe menos” está ganhando força e entusiastas a cada dia. Porém, você sabia que até mesmo alimentos classificados como orgânicos e os biodinâmicos contêm conservantes?
Se você pensa que comprando em lojas de produtos orgânicos, hortifrútis, mercearias especializadas ou mesmo naquelas quitandas da esquina que comercializam produtos diretos da fazenda que são alimentos totalmente isentos de conservantes ou qualquer outro tipo de defensivo agrícola, infelizmente, não é a pura verdade. Muitos produtos que adquirimos, sejam verduras, grãos ou qualquer tipo de leguminosa, por exemplo, que são cultivados em pequenas hortas ou em propriedades que defendem a produção isenta de defensivos agrícolas, não escapam de possuírem algum tipo, por menor que seja, de alguma interferência química, física ou biológica.
Os agricultores ou trabalhadores rurais quando adquirem as sementes para suas lavouras, muitas dessas sementes, para garantia de germinação, vêm envolvidas por uma fina membrana. São as denominadas “sementes pelicularizadas”. Desde então, já germinam e crescem dotadas dessas intervenções químicas. Por mais cuidados e zelos por uma produção bem próxima da desejada, os resultados vão apresentar os aditivos aplicados lá no início do processo. Repito: o gênero cultivado apresentará essa interferência por menor que seja a quantidade observada no produto final.
Com os vinhos nada é diferente. Mesmo os vinhos que estampam nos rótulos “Vinho Orgânico” ou mesmo “Vinho Biodinâmico” recebem uma parcela de dióxido de enxofre, com representação química SO₂, sendo o conservante mais usado na elaboração dos vinhos. É popularmente conhecido como sulfito.
No caso dos vinhos, além da conservação, os sulfitos possuem a função antibacteriana e antioxidante, tanto nos vinhos tintos, assim como nos brancos e rosés.
A adição de sulfitos é controlada rigorosamente pela legislação que regulamenta o uso e a aplicação em cada produto alimentício particularmente. A grande maioria dos alimentos que consumimos, possuem a inserção de sulfitos para sua conservação, como molhos, alimentos prontos para consumo, sucos, cervejas e também os vinhos, entre tantos milhares de alimentos.
Mas, você que deve estar se preocupando com sua alimentação e em levar uma vida tranquila e salutar e fica refletindo e imaginando a intensidade dos riscos em degustar os vinhos com adição de sulfitos é hora de relaxar. Nada de ânsias ou aflições. Não fique aí pensando que isso é um produto químico intensamente prejudicial à saúde e que deve ser banido de nossa alimentação. O sulfito é um subproduto do metabolismo natural das leveduras no processo de fermentação. Portanto, naturalmente, todo vinho possui um percentual de sulfitos.
É evidente que ingeridos em doses elevadas, os sulfitos podem provocar vômitos, dores de cabeça, náuseas, dores abdominais, diarreias, entre outros problemas. Por isso, recomendamos selecionar e escolher seus vinhos levando em consideração seus produtores, a vinícola de origem e os vinhos que apresentam algum diferencial, como os RESERVAS, por exemplo. Evite os vinhos denominados RESERVADOS, porque são produzidos sem muita preocupação com a qualidade. Assim, além da certeza de saborear uma bebida fina, requintada e elegante, além do entusiasmo e alegria, nossa saúde agradece.
Portanto, não adianta muito tentarmos fugir dos sulfitos. Eles sempre estarão por perto. Procurar por alimentos saudáveis e buscar uma vida mais tranquila são tópicos inquestionáveis. Relaxar não significa ignorar esses cuidados. Mas, nada de preocupações excessivas.
Reúna os amigos, os familiares, procure por bons vinhos, por uma alimentação leve e saudável, por uma vida com mais alegria e muitas gargalhadas. Busque sempre o melhor, mesmo se não conseguir. Mas, continue a buscar. Com certeza você vai conquistar seus ideais.
Faça o bem,
Que o resto vem.
Um brinde a nossa união, ao nosso bem estar a nossas alegrias,
SAÚDE!!
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